quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Ajuste da Armação: Conforto e Estética.

Conheça nossos cursos para óticas em: www.oticca.com.br
Dialogo comum no balcão de óptica:
- Bom dia. Seja bem vindo a nossa loja.
- Bom dia e obrigado. Eu gostaria de ver uma armação que encontra-se na vitrine. Gostei muito dela e gostaria de experimentar.
- Pois não. Aqui está.
- Tem outras cores?
- Sim. tenho nestas outras duas cores.
- Gostei desta aqui. Vou levar. Esta é minha receita. Veja quanto fica com minhas lentes e como poderei pagar.
- Este é o valor e a forma de pagamento. Vou tirar suas medidas. Agora pode passar no caixa que em cinco dias seus óculos estarão prontos.

Parece a venda dos sonhos de qualquer consultor óptico. Quando o cliente retorna para buscar seus óculos ele sente que tem alguma coisa errada:



Nem sempre a armação que o cliente gosta é adequada para seu tipo de rosto e tipo de lente a ser vendida. A não observância dos detalhes de ajuste de armação durante a demonstração e fechamento de venda acarretam retornos constantes do cliente a loja para reajustes que seriam desnecessários se a venda ocorresse da maneira certa.

Os principais pontos a serem observados na hora de ajustar a armação para o cliente são:

-Altura Pupilar: Certificar-se que a armação tem altura de montagem suficiente para a lente escolhida. Se for uma armação de muito baixa AP, o multifocal pode ficar sem seu campo de visão para perto.

-DNP: Verificar se o olho da armação está mais ou menos centralizado em relação a pupila do cliente. Quando a pupila fica muito descentralizada em relação a armação, as bordas da lente podem ficar muito grossas na base temporal (quando negativas) ou muito finas na base nasal (quando positivas) criando um efeito estético indesejado. Quando em multifocais, se a decentralização for em direção a base nasal pode-se recortar a marcação de autenticidade do fabricante impossibilitando sua identificação.


-Largura da Armação: A armação não pode ficar apertada no rosto do cliente a ponto das hastes criarem cavas em suas têmporas, nem largas demais que seja necessário fazer uma curva de 90° nas ponteiras das hastes para poder segurá-las ou tentar curvar a ponte.

- Comprimento das hastes:  Hastes compridas acabam por ser entortadas nas ponteiras em demasia ou sofrem diminuição através de corte (quando possível). As muito curtas não tem jeito. Em ambos os casos o resultado é um desastre.

- Largura da ponte: Quando se escolhe a ponte errada em armações de acetato sem plaquetas é um caos. Não adianta esquentar e tentar vergar a armação para cima (fica um horror). O resultado também é extremamente desastroso em armações com plaquetas de ajuste ( se fechar ou abrir demais as plaquetas elas machucam a base nasal do cliente além de ficar esteticamente horrível).

- Ângulo pantoscópico:  Manter a inclinação da base inferior da armação em relação a suas hastes entre 12 e 15° sem tocar o rosto do cliente. Tomar muito cuidado quando o cliente tem uma orelha mais baixa do que a outra ou quando a armação não sofre ajuste no talão.



- Distância ao Vértice: Manter a distância entre a córnea do cliente e a superfície posterior da lente em 12 mm.



Com estes cuidados na hora de vender um óculos, diminuímos muito a possibilidade de má adaptação e necessidades de ajuste por parte do cliente. Assim otimizamos seu conforto e estética ao utilizar seus óculos.

Um comentário: