Em uma reunião na Comissão de Estudos de Produtos Solares do Comitê Brasileiro de Óptica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na sede da Abióptica, em São Paulo, representantes do varejo e da sociedade consumidora, dos Sindiópticas Paulista e Gaúcho, cujo presidente da entidade no Rio Grande do Sul, André Roncatto, acumula também, a coordenação da Câmara Brasileira de Óptica (CBÓPTICA), apoiados pela HB e a coordenadora chefe do Laboratório de Física Oftálmica (FMRP-USP) aprovaram novos parâmetros para proteção da radiação ultravioleta em óculos solares comercializados no país.
O encontro com lideranças do setor óptico resultou na adoção pelo Brasil de nova norma técnica para a fabricação de óculos de sol com padrão de filtro UV de 400nm para todos os produtos com grau ou sem grau.
A discussão de anos resultou em um impasse entre o varejo nacional e a indústria mundial – responsável pela produção em grande escala à Europa e América do Norte –, pois os índices em países como Itália, França, Inglaterra e Estados Unidos tem exposição à radiação estimada entre 2,5% e 4%, sendo perfeitamente atendidos com o filtro de proteção de 380nm, ainda hoje aplicado no Brasil.
A mudança para os 400nm foi apontada como quesito fundamental de segurança e saúde, comprovada por diversos estudos. Segundo a Dra. Liliane Ventura, conhecida pesquisadora da USP, países tropicais como o Brasil, no qual a incidência de radiação ultravioleta é maior – em média, de 8 a 14% –, deve ampliar a proteção, a exemplo do que já é praticado na Austrália, país desenvolvido igualmente de clima tropical.
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